terça-feira, 8 de maio de 2012

Técnica em teste usa sangue da mãe para determinar paternidade do feto

Fragmentos do material genético do feto que permanecem na circulação materna são a chave para o próximo passo dado pela medicina nos exames pré-natais.
Um grupo de pesquisadores estadinidenses realizou teste que conseguem determinar a paternidade do feto com base em um simples exame de sangue feito pela mãe. Segundo os pesquisadores a técnica foi testada em 30 mulheres, com tempo gestacional entre 8 e 14 semanas e os resultados indicaram uma completa taxa de fidelidade.
O material genético coletado das gestantes foi comparado ao pai do bebê a um grupo de 29 homens escolhidos randomicamente.
O primeiro passo consiste em encontrar o material genético do feto no sangue materno. Estudos mostram que material genético fetal corresponde entre 3% e 6% de material genético (fragmentos) presentes no plasma sanguíneo materno. Um método de análise tem como base a procura dos SNPs, trocas de uma letra (nucleotídeo) do DNA (A,C,T ou G) em uma região cromossômica. Essa alteração costuma ser herdada, por isso serve como indicador de parentesco. Por exemplo,  supondo que tenha sido escolhida uma região de SPN em  que a mãe apresente em cada par de cromossomos Adenina e Adenina (A-A) e o feto Adenina e Guanina (A e G), em havendo dois supostos candidatos a paternidade verifica-se que um apresenta Guanina-Guanina (G-G) e o outro Adenina-Adenina, conclui-se que o segundo não pode ser o pai da criança. Assim, exclui-se a paternidade.
Um segundo método que é padrão para o teste feito após o nascimento consiste na procura de repetições de sequencias de dois a cinco nucleotídeos (STR). Assim, se uma criança for portadora de sequencias GATAGATAGATA em um dos cromossomos verifica-se que obrigatoriamente um dos pais deve apresentar essa mesma sequencia. Essa técnica para ser aplicada em gestantes é mais dificil, uma vez que fragmentos intactos e conservados no plasma sanguineo da mãe são menos frequentes o que dificulta pesquisa de STR do feto no sangue materno.
Fonte:Folha de São Paulo. Domingo, 6 de maio de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário